Na concentração, o sorriso anuncia
a felicidade, de um ano, guardada
na linha da estampa que, à mão, foi bordada
no corte mais simples de uma fantasia.
No pátio, valendo, em pares brilhantes,
desenham, no chão, caracóis e arco íris.
É gente devota das suas raízes;
são reis e rainhas; são noivos e amantes.
De fora, a torcida – fiel companheira –
forma a grande roda, em torno da terra,
e aplaude, de pé, quando vê tanta vida:
nos olhos, o lume maior que a fogueira;
do peito pra fora, o grito de guerra...
E a lágrima chove sobre a despedida.
Hugo César
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