sábado, 16 de julho de 2016

Festa


         De frente à igreja, no centro, na praça,
         no parque, na rua, na roça, onde for,
         se sente, de perto, um sinal de fumaça,
         queimando a fogueira no interior.

         Balcões e carrinhos são nossa calçada
         É tiro ao alvo, pipoca; é quermesse...
         Na roda gigante, minha namorada
         voando comigo, fazendo uma prece,

         enquanto um menino,  com a barba de lápis,
         ajeita o cadarço, que é hora do ápice
         e o par, de xadrez, já espera, ao dispor

         a trança, o vestido, a fita, o laço;
         os olhos castanhos da cor do melaço;
         o beijo roubado - a maçã do amor.

         Hugo César

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